Novas Formas de Divulgação da Arqueologia | 31 março


No próximo dia 31 de março, em colaboração com o projeto “Portugal Romano”, o Museu Dr. Joaquim Manso promove a conferência “Novas Formas de Divulgação da Arqueologia”.

Do programa consta o lançamento do número 1 da revista “Portugal Romano.com” por Raul Lousada, Filomena Barata e Miguel Rosenstok. Este é um projeto que tem por objetivo dinamizar, divulgar e promover a arqueologia romana em Portugal.

Numa articulação com a ocupação regional, Carlos Fidalgo apresentará a comunicação “A presença romana na periferia das lagunas da Pederneira e Alfeizerão” e Adriano Monteiro, “A Igreja de S. Gião”.

Na exposição permanente do Museu Dr. Joaquim Manso figuram objetos do período romano, em parte provenientes de campanhas arqueológicas realizadas nos anos 1970 naquelas áreas.


Saber mais em
http://www.portugalromano.com

Data: sábado, 31 março
Hora: 15 horas
Local: Museu Dr. Joaquim Manso
Com o apoio da Confraria de Nossa Senhora da Nazaré
Entrada gratuita

"estórias e poesias de José Soares" no Externato D. Fuas Roupinho


No dia 21 de março, numa parceria com o Museu Dr. Joaquim Manso, decorreu no Externato D. Fuas Roupinho a sessão “estórias e poesias de José Soares” comemorativa do Dia Mundial da Poesia.

O poeta “foi à escola”, viu os trabalhos realizados por alunos inspirados na sua obra e, na voz de outros alunos, escutou alguns dos seus poemas inéditos.Depois, José Soares leu poemas publicados em “Ventania” (c.1960) e respondeu, com a sua longa sabedoria, às curiosas perguntas da assistência.

Filho de pescadores, pudemos constatar que o MAR sempre foi a matriz da sua poesia e nela intuímos a Nazaré dos barcos e das “sete saias” dos anos 1950-60. Para o autor, que começou a escrever poemas aos 13 anos, não se faz poesia por fazer; o “poema é uma arma”, uma forma de intervenção social, de melhorar o mundo e o homem! Se os poemas têm a sua parte estética, a “arte não é só beleza”, a “beleza é um adorno da arte”.

É com muito agrado que esteve entre os jovens falando da sua poesia, mas sobretudo, da obra de outros “grandes poetas”, como Carlos Queirós e José Gomes Ferreira, ignorados ou ofuscados nos programas escolares e nas edições.
Por isso, e em resposta à pergunta de um aluno sobre “O que é o Amor?”, estes momentos de “partilha” são momentos de Amor, ao qual se sobrepõe a Amizade, destituída da parte carnal do primeiro.


A todos deixa a recomendação – contrariar as palavras de repreensão proferidas por um saudoso professor do seu tempo de frequência do Seminário: “Vocês (alunos) fazem muito bem o mal e fazem muito mal o pouco bem que conseguem fazer”. Nunca se esqueceu dessa frase e sempre orientou a sua vida por tentar fazer “muito bem o bem”.
 


“Eu e o Mar” 

(…)
 Ainda eu era de mama
 E já tinha por meu mundo o Mar.
 Da areia quanta vez fica cama!
 Por isso agora, quando o Mar brama,
 Sei que me chama para conversar.”
 (…)
 


José Soares (Excerto de poema "Eu e o Mar", em "Ventania", 1960).


Sessão de homenagem a José Soares












No passado dia 17 de março teve lugar, no Museu Dr. Joaquim Manso, uma sessão de reconhecimento e homenagem a José Soares – uma figura bem conhecida na Nazaré, que ao longo da sua vida sempre manifestou grande interesse pelo estudo e investigação da cultura local, sendo autor de uma significativa produção literária.
Rodeado de grande número de amigos, José Soares (n. 1922) ouviu palavras de estima, de consideração e respeito intelectual, elogiando a sua sabedoria, a sua capacidade crítica e de autoanálise, a sua preocupação com o Mundo, a sua arte de fazer amigos e de saber ser amigo, enfim, palavras de muitos afetos que atravessaram gerações e se espelharam nas intervenções dos vários oradores.

Amigos de longa data como Basílio Martins, Felisberto Matos e Armando Lopes, nomes ligados à imprensa regional, recordaram momentos de trabalho e de intervenção social, associados a tempos de descoberta das características etnográficas e patrimoniais da Nazaré, sendo José Soares considerado, nesta área, uma “biblioteca viva”.
Para Maria do Carmo Vieira, Abreu Pessegueiro e António Jacinto Pascoal foi um reencontro. Um reencontro de memórias, de projetos e de expectativas.

Com ternura, Maria do Carmo Vieira, autora do livro “O ensino do Português” (Fundação Francisco Manuel dos Santos, 2010), salientou a “sabedoria da velhice”, marcadas nas rugas de um rosto arguto e inteligente, e que refletem também a tranquilidade e o sonho de um mundo melhor.

O arquiteto e pintor Abreu Pessegueiro, natural do Porto, relembra tempos passados na casa de José Soares, o início do seu percurso como artista, as primeiras exposições na Nazaré nos anos 1960, a Comissão Municipal de Turismo, a motivação e o estímulo que José Soares sempre lhe transmitiu.

O poeta e escritor Jacinto Pascoal, no início da sua vida de docente em Alcobaça, encontrou em José Soares uma forma de ampliar conhecimentos, de ser aprendiz de um homem com convicções e capacidade de reconhecer erros e admitir correções.
Foi ainda relembrada a obra literária de José Soares, a sua importância para uma melhor compreensão da cultura e identidade local, os seus projetos futuros. Jacinto Pascoal afirma: “a sua arte é um abraço”.
No âmbito da poesia popular, Maria da Nazaré declamou um poema de sua autoria, redigido propositadamente para a sessão. Por fim, o presidente da Câmara Municipal da Nazaré, Jorge Barroso, elogiou as características éticas da personalidade de José Soares, valorizando a sua obra.
A sessão contou ainda com a participação do público e a apresentação do filme de Steve Delgado, “O Corrimoeiro”, realizado por este artista nazareno a partir da leitura da obra pelo seu autor, no espaço do Museu.

O Museu Dr. Joaquim Manso agradece a presença do público e a simpática colaboração de todos os convidados, que tornaram possível "estórias e poesias", sessão de homenagem a José Soares.

Consulte os textos lidos por Abreu Pessegueiro, Jacinto Pascoal, Basílio Martins e Armando Lopes.
Ler notícia no portal da Câmara Municipal da Nazaré.





Descubra o Património Imaterial da Nazaré no MatrizNet













O Museu Dr. Joaquim Manso iniciou em 2011 um Programa de estudo sistemático do Património Cultural Imaterial da Nazaré, em particular: processos e técnicas tradicionais; práticas sociais, rituais e eventos festivos; tradições e expressões orais.
Realizado pela equipa do Museu, este Programa de estudo envolve a colaboração de diversas entidades do concelho, sendo utilizadas as metodologias de inventário desenvolvidas pelo Departamento de Património Imaterial do Instituto dos Museus e da Conservação, disponíveis através do software Matriz 3.0 - Inventário, Gestão e Divulgação de Património.


Descubra agora as primeiras manifestações de Património Cultural Imaterial da Nazaré documentadas pelo Museu Dr. Joaquim Manso, disponíveis ao público através do MatrizNet, interface de publicação na internet dos inventários dos Museus do IMC.




Círio de Nossa Senhora da Vitória
Romagem secular que parte anualmente do Santuário de Nossa Senhora da Nazaré à ermida da praia de Paredes.





Seca do Peixe
Processo tradicional de preservação alimentar, praticado diariamente na praia da Nazaré.





Utilize também o MatrizNet para descobrir as colecções do Museu Dr. Joaquim Manso (clic)



“estórias e poesias de José Soares” | 17 março


Em março, no âmbito da iniciativa “Objeto do Mês”, o Museu Dr. Joaquim Manso destaca a pintura “Cabeça de nazarena”, de José Soares, oferecida pelo autor nos anos 1970.
Escritor e estudioso da Nazaré, José Soares (n. 1922) publicou vários trabalhos sobre a história, costumes e tradições locais, privilegiando um contacto estreito com artistas e intelectuais que frequentavam esta praia em meados do século XX. Nos anos 1970, colabora na recolha e no estudo de objetos etnográficos, com vista à organização e abertura do Museu Dr. Joaquim Manso. 
Este é o pretexto para uma tertúlia de homenagem ao autor, com a presença de nomes ligados ao património, à literatura e às artes plásticas: António Jacinto Pascoal, Basílio Martins, Felisberto Santos Matos e Francisco Abreu Pessegueiro.
A sessão contará ainda com a presença do Presidente da Câmara Municipal da Nazaré e com a apresentação do filme de Steve Delgado, “O Corrimoeiro”, gravado no Museu Dr. Joaquim Manso com narração de José Soares, a partir da sua obra homónima.
Num convite para esta sessão, fiquemos com as palavras do poeta: “O homem não é o que parece nem o que é mas o que vai sendo. É portanto, um pouco mais do que diz o poeta (Carlos Queirós): ‘por dentro das coisas é que as coisa são’. Afinal, o Homem é a sua história”.
No dia 21 de março, Dia Mundial da Poesia, no Externato D. Fuas Roupinho, decorrerá uma sessão de leitura de poemas de José Soares.

Visita da comitiva brasileira que acompanha imagem de N.ª Sr.ª da Nazaré de Belém do Pará

No dia 2 de março o Museu Dr. Joaquim Manso foi visitado pela comitiva que acompanha a imagem peregrina de Nossa Senhora da Nazaré, de Belém do Pará (Brasil), que esteve na Nazaré numa visita de dois dias. Do acervo do Museu, para além de imagens e gravuras associadas à devoção a Nossa Senhora da Nazaré, constam alguns “registos de santo" evocativos do milagre de Nossa Senhora da Nazaré de Belém do Pará, datados da segunda metade do século XIX.

No primeiro dia, 1 de março, do programa oficial constou uma celebração eucarística no Santuário de Nossa Senhora da Nazaré, onde entoou alguns cânticos Fafá de Belém.

O "Círio de Nazaré", de Belém do Pará, é considerado a maior manifestação religiosa do mundo, conseguindo congregar num dia cerca de 2 milhões de pessoas. Realiza-se anualmente desde o século XVIII, numa celebração composta por várias etapas e símbolos, em torno da imagem de Nossa Senhora da Nazaré, devoção que foi introduzida no Pará pelos Jesuítas, no século XVII. Em setembro de 2004, foi registado como Património Cultural de Natureza Imaterial (consultar), pelo Instituto do Património Histórico e Artístico Nacional (IPHAN).

Ler mais em Portal da Câmara Municipal da Nazaré.

Em destaque em Março "Cabeça de Nazarena"






José Soares (n.1922)
Cabeça de nazarena, anos 1960
Óleo sobre papel
MDJM inv. 64 Pint.



No mês de Março, destacamos a pintura "Cabeça de nazarena", do autor local José Soares. Em pinceladas largas e espontâneas, sugere-se o rosto de uma nazarena, envolta pela capa tradicional.

José Soares, escritor e estudioso da cultura local, publicou vários trabalhos sobre a história, costumes e tradições da Nazaré, privilegiando um contacto estreito com artistas e intelectuais que frequentavam esta praia em meados do século XX. Esta proximidade incitou uma vontade de desenvolver algumas experiências no campo pictórico, de que resultaram pequenas composições, ainda pouco divulgadas e de que o Museu Dr. Joaquim Manso conserva alguns exemplares, como este pequeno óleo.

No âmbito desta apresentação, no dia 17 de Março, será promovida uma sessão de homenagem ao autor – “estórias e poesias de José Soares" – pretexto para uma conversa sobre a realidade turística, patrimonial e artística da Nazaré.
Ler mais em "Objecto em destaque".