Exposição “Cores da Nazaré. A pintura de Ana Maria Botelho”
Exposição
“CORES DA NAZARÉ. A pintura de Ana Maria Botelho”
No âmbito das Jornadas Europeias do Património, o Museu Dr. Joaquim Manso inaugura a Exposição “Cores da Nazaré. A pintura de Ana Maria Botelho”, no sábado 24 de setembro, pelas 15h30.
Na abertura do evento atua o Grupo "Amigos das Letras de Alcobaça", com declamações sobre a autora e a sua obra poética.
A exposição “Cores da Nazaré. A pintura de Ana Maria Botelho” (1936-2016) apresenta um conjunto de pinturas e desenhos inéditos, realizados pela artista no seu último ano de vida e que exprimem intencionalmente a sua visão e memória sobre a Nazaré enquanto praia piscatória, onde as formas pontiagudas das embarcações se aliam à sua diversidade cromática, prolongada pelas sugestões do traje tradicional dos pescadores e suas mulheres, remetendo para um universo simultaneamente memorial e onírico.
Em mensagem à família pelo recente falecimento da autora, o Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, refere-se à “pintora neofigurativa ou abstratizante”, “também escritora e poeta, definia-se como uma pessoa em 'posição de descoberta'. Compete-nos lembrá-la ou descobri-la”.
É essa ação de lembrança ou de descoberta que o Museu Dr. Joaquim Manso propõe nesta exposição, que patenteia a comunidade piscatória da Nazaré enquanto tema inspirador de artistas ao longo do século XX, numa permanente revisitação até à atualidade.
Fazendo parte do espólio familiar, com seleção pelo investigador Jorge Pereira de Sampaio, e apresentadas pela primeira vez ao público, as pinturas de Ana Maria Botelho vão estabelecer diálogos com os objetos etnográficos em exposição no Museu Dr. Joaquim Manso, e doados pela comunidade, incitando a olhares e leituras complementares.
Biografia da artista:
Ana Maria Botelho iniciou os seus estudos com os mestres João Reis e Eduardo Malta e licenciou-se em Artes Plásticas na Escola Superior do Louvre, Paris. Após diversas coletivas em Paris e Roma, fez a sua primeira exposição individual em Lisboa no SNI em 1963 e, no ano seguinte, recebeu o Prémio Revelação de Pintura Portuguesa dado pela imprensa.
Está representada em inúmeras colecções nacionais e estrangeiras, incluindo o Museu José Malhoa, a Fundação Calouste Gulbenkian, o Museu Hermitage e o Guggenheim.
Viveu entre Lisboa, Roma e Paris, onde conviveu com artistas e intelectuais como Paul Claudel, Camus, Jean Marais, Jean Cocteau, Picasso ou Nureyev.
Também escritora e poeta, considerava que estava “(…) em posição de descoberta / o rosto levantado para o fim do risco / e no fim do risco a porta aberta” (1968).
+ informação em http://www.anamariabotelho.com/
Organização:
Museu Dr. Joaquim Manso – Museu da Nazaré
Jorge Pereira de Sampaio
Exposição patente entre 24 de setembro e 6 de novembro de 2016
terça-feira a domingo, 10h-12h30 | 14h-18h (17h30 a partir de 1 de outubro)
MUSEU DR. JOAQUIM MANSO / Direção Regional de Cultura do Centro
Rua D. Fuas Roupinho - Sítio
2450-065 Nazaré
telef. 262562801 | e-mail: mjmanso@drcc.pt
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