Exposição "José Júlio Zarro. A Nazaré na Pintura Naïf"




Exposição 
José Júlio Zarro. A Nazaré na Pintura Naïf
16 de maio a 4 junho


José Júlio Santos Zarro (1936 - 2014) foi um conhecido pintor naïf da Nazaré.


Filho de pescador e peixeira, foi ele próprio pescador. Durante anos, andou na pesca do bacalhau, assim como nas embarcações de recreio, sendo o seu pai o conhecido “Zarro”, que passeava os banhistas no Verão.

Autodidata, Júlio Zarro chegou a pintar foquins e cabaças. Após o abandono da pesca, dedica-se por completo à pintura, vendendo os seus quadros “na frente do mar”.

As suas pinturas inscrevem-se na tradição da pintura naïf na Nazaré, onde são conhecidos autores como José da Beca, A. Vitorino Laranjo, A. Lazarino, Raimundo Ventura e Gama Dinis. Registam as vivências do quotidiano da Nazaré, nomeadamente as relacionadas com a pesca – praia, barcos e pescadores predominam na sua obra.

As caraterísticas da pintura naïf manifestam-se no colorido intenso e primário, na simplicidade do traço, no incumprimento das regras convencionais da pintura, como a perspetiva e normas de composição.

Da sua obra advém uma grande riqueza etnográfica sobre aspetos da faina piscatória, suas embarcações, gentes e espaços de encontro social, espelhando a nostalgia do autor e a permanência de uma imagem de cariz popular sobre a Nazaré.

Por vontade do autor, é intenção da família doar algumas obras ao Museu Dr. Joaquim Manso, perpetuando, assim, a memória deste nazareno que, ao documentar modos de vida locais, perpetua também a cultura das gentes da Nazaré, sendo um elo de ligação entre gerações.


José Júlio Zarro (1936 - 2014) was a well-known naïf painter from Nazaré.
Son of a fisherman and a fishwife, he was himself a fisherman.
His paintings belong to the naïve painting tradition and record the Nazaré daily life, particularly related to fishing - beach, boats and fishermen predominate in his work.
The features of naïve painting are shown in the intense color, in the trace simplicity and failure to comply with conventional rules of painting.
But the interest of his work mainly comes from a great richness of ethnographic aspects, reflecting the author's nostalgia and the permanence of a popular image on Nazaré.


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