José Maria Luís e esposa |
“Devo muita obrigação
Aos banhos da Nazaré
E com a ajuda do Senhor
Ainda hoje me tenho de pé"
José Maria Luís nasceu a 6 de Abril de 1907, em Boleiros (freguesia de Fátima).Em 1930, casou com Júlia do Rosário, com quem teve 10 filhos.
Aos 30 anos, sofreu grave doença óssea que o deixou paralítico. Procurou, então, os “Banhos Quentes” da Nazaré, cujo tratamento o curou por completo. Desde esse Verão, todos os anos, vinha passar o Setembro a esta praia piscatória, acompanhado por alguns dos seus filhos – “aqueles que mais necessitavam, por causa da escrofulose”, recorda a filha Olímpia do Rosário Luís (n. 1936).
Aos 30 anos, sofreu grave doença óssea que o deixou paralítico. Procurou, então, os “Banhos Quentes” da Nazaré, cujo tratamento o curou por completo. Desde esse Verão, todos os anos, vinha passar o Setembro a esta praia piscatória, acompanhado por alguns dos seus filhos – “aqueles que mais necessitavam, por causa da escrofulose”, recorda a filha Olímpia do Rosário Luís (n. 1936).
Olímpia do Rosário Luís e irmãos na "Barraca do Fotógrafo" na Praia da Nazaré, anos 1940 |
Para além dos banhos de praia, José Maria Luís gostava muito da Nazaré pela sua animação e pelas touradas, não perdendo também as Festas de Nossa Senhora.
Embora nunca tenha frequentado a escola, gostava muito de fazer poemas e cantar o fado. A filha dedicou-se a reunir esses poemas, um dos quais é dedicado aos “Banhos Quentes” da Nazaré e que agora foi entregue em cópia ao Museu Dr. Joaquim Manso, no repto da exposição realizada em 2010 sobre “Nazaré: Memórias de uma Praia de Banhos”.Partilhamos com o público este poema de José Maria Luís, uma singela homenagem a todos aqueles que, até cerca dos anos 1980, vinham à Nazaré durante o Verão não apenas à procura de “sol e mar”, mas também de tratamentos, aliando o lazer à saúde e bem-estar.
Na Nazaré, desde finais do século XIX / início do século XX, havia dois edifícios de Banhos Quentes, cuja terapia à base de água quente salgada era muito procurada por quem padecia de doenças reumáticas. Este poema que agora nos foi apresentado é mais um testemunho da importância desse tratamento, constituindo à época um importante atractivo desta região.
Para mais informação sobre os edifícios dos “Banhos Quentes” consulte o nosso catálogo “Nazaré: Memórias de uma Praia de Banhos”.
Nota: Fotografias e texto cedidos ao Museu Dr. Joaquim Manso, por Olímpia do Rosário Luís.
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