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A ideia de organizar um museu dedicado à comunidade da Nazaré remonta pelo menos aos anos 1950, sendo a Liga dos Amigos da Nazaré um dos principais impulsionadores da sua formação, com a actuação de figuras como Abílio de Mattos e Silva. Ao longo dos anos vão-se tecendo considerações sobre a necessidade de registar uma existência que se pressentia já ameaçada, reivindicando-se o papel educativo de um futuro museu para as gerações vindouras, um museu que se pretendida constituído a partir da recolha etnográfica junto da comunidade local, enriquecido com escavações arqueológicas e colecções de arte sobre as vivências nazarenas.
O projecto foi sendo adiado em função de dificuldades logísticas, em parte resolvidas em 1968, quando o nazareno Amadeu Gaudêncio ofereceu a casa de veraneio que pertencera ao Dr. Joaquim Manso, para edifício do museu. Quando o Museu Etnográfico e Arqueológico do Dr. Joaquim Manso abriu portas em 1976, a sua colecção era de facto multifacetada, resultado de múltiplas doações da comunidade e representando o património cultural desta vila piscatória.
Passados 33 anos, o Museu assume a vontade de ser um espaço de representação e divulgação da cultura do mar, ultrapassando a sua missão local para uma perspectiva do litoral português na sua diversidade.
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