Numa parceria com o Centro de Saúde da Nazaré – Unidade de Saúde Familiar, o Museu Dr. Joaquim Manso irá promover uma série de conversas informais com o corpo clínico daquela instituição, em torno da história e da cultura marítima da Nazaré, através do voluntariado de Cecília Nunes.
A primeira sessão, a 10 de março, versou sobre as “Embarcações tradicionais e as Artes de Pesca”, nomeadamente a “arte xávega”. Em vários espaços públicos ou privados da Nazaré, é comum encontrarmos miniaturas de barcos e redes, utilizadas simplesmente como objetos decorativos, esquecendo-se o valor cultural que encerram e a sua relação com a comunidade, que são essenciais na sua exposição no Museu.
O mar sempre ocupou um espaço muito importante na cultura portuguesa, foi através dele que a nacionalidade estendeu a sua influência a vastas regiões do globo. Por sua vez, a pesca teve um lugar determinante na História Portuguesa, na alimentação, na economia e na expansão marítima, condicionando as atividades a montante e a jusante, como a produção de sal e as indústrias da construção naval e conserveira.
Com as inovações técnicas, sobretudo a partir de meados do séc. XX, os pescadores foram substituindo os processos tradicionais por outros mais modernos, à procura de uma maior rentabilidade. Foram-se perdendo artes, gestos e linguagens, bem como a cor e os movimentos nas praias da costa portuguesa.
Foram, pois, os pescadores e as embarcações tradicionais de arte xávega o tema da primeira conversa com o corpo clínico do Centro de Saúde da Nazaré, num projeto dinamizado pela voluntária Cecília Nunes, com o apoio do Museu Dr. Joaquim Manso.
Um tempo de “pausa” dedicado a “saber mais” sobre o património e as tradições locais, porque “saber mais” é também “ter mais saúde” e estar mais próximo dos utentes e doentes.
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