Exposição “Coelho da Silva. A Nazaré do Mar e da Terra”




Exposição
“Coelho da Silva. A Nazaré do Mar e da Terra”

3 outubro a 12 novembro 2015
Museu Dr. Joaquim Manso e Antiga Casa da Câmara | NAZARÉ 


Com abertura a 3 de outubro, o Museu Dr. Joaquim Manso – Museu da Nazaré e a “Casa do Adro - Associação Cultural” apresentam “Coelho da Silva. A Nazaré do Mar e da Terra”, uma exposição sobre este artista multifacetado, que dedicou grande parte da sua obra à temática nazarena, selecionando aspetos diversos, uns mais ligados ao mar, à praia e à pesca, outros aos recantos urbanísticos e figuras populares da Nazaré.

Ourives de profissão, natural de Baltar, Manuel Coelho da Silva (10.02.1909 - 04.04.1995) fixa-se na Nazaré, depois de um percurso por Lisboa e Alcobaça. Nesta vila piscatória, a par do seu estabelecimento de ourivesaria, convive de perto com as gentes locais e as suas lides diárias, que coloriam a praia e as ruas da vila.
Este é o motivo central da sua obra artística, quer sobre placas de cobre, quer em óleos sobre tela ou cartão, gradualmente substituídos por aguarela, experimentando ainda o barro.
Em composições de sensibilidade naïf, a diversidade da obra de Coelho da Silva acaba por valer como um registo da realidade sociocultural da Nazaré em meados do século XX, e simultaneamente como documento etnográfico e pretexto para uma reflexão sobre a capacidade de produção de memória.
É considerável o número de obras que vêm a integrar o acervo do Museu Dr. Joaquim Manso. É parte dessa coleção que aqui se apresenta ao público, selecionando a temática marítima, em simultâneo com um núcleo proveniente da família, mais dedicado à “terra”, apresentado no edifício da Antiga Casa da Câmara, na Pederneira.



Programa complementar:

3 outubro

15h | Abertura da exposição no Museu Dr. Joaquim Manso
16 h | Abertura da exposição na Antiga Casa da Câmara, na Pederneira, com Vinho de Honra oferecido pela Quinta do Lagar e Tertúlia com Maria Cecília Louraço, Eugénio Couto, Maria Emília Sierra Couto e José Soares.

7 novembro
Atividade oficinal para crianças (a divulgar oportunamente)


Organização: Museu Dr. Joaquim Manso e “Casa do Adro – Associação Cultural”
Apoio: Câmara Municipal da Nazaré, Associação Recreativa Pederneirense e Quinta do Lagar Novo


Espaços de exposição:
Museu Dr. Joaquim Manso
Rua D. Fuas Roupinho
2450-065 Sítio | Nazaré

Antiga Casa da Câmara
Largo Bastião Fernandes
2450-060 Pederneira | Nazaré

Horário:
3 de outubro a 12 de novembro, terça-feira a domingo, das 10h às 18h

Contatos:
Museu Dr. Joaquim Manso
| Direção Regional de Cultura do Centro
Rua D. Fuas Roupinho, 2450-065 Sítio | Nazaré
telef. 262562801 | mjmanso@drcc.pt
http://mdjm-nazare.blogspot.com | https://www.facebook.com/MuseudaNazare

Casa do Adro - Associação Cultural
Travessa do Pocinho nº 2, 2450-060 Pederneira | Nazaré
casadoadro.pederneira@gmail.com | www.facebook.com/casadoadro.pederneira


Jornadas Europeias do Património 2015 na Nazaré


Jornadas Europeias do Património 2015 na Nazaré
Um percurso pelo "Património Industrial e Técnico" do concelho da Nazaré


Imagens: Ana Hilário / CMN

 

Imagens: Dóris Santos / MDJM
A Câmara Municipal da Nazaré organizou, em colaboração com o Museu Dr. Joaquim Manso e outras entidades do concelho, as Jornadas Europeias do Património na Nazaré, que compreenderam dois dias de visitas ao património industrial e técnico da Nazaré.

1° dia | 25 de setembro

O 1° dia iniciou pela freguesia de Valado dos Frades, com visita à empresa Farval Lda. (fábrica de faianças que labora desde 1985), seguindo-se a Estação de Caminhos de Ferro (onde o senhor Alberto muito amavelmente presenteou o grupo com os seus "tesouros" fotográficos), finalizando pela Associação de Agricultores 5 Rios.


2º dia | 26 de setembro

A tarde iniciou pela visita à empresa "Valbopan", na freguesia de Famalicão. Uma visita muito completa e especializada, a todo o complexo funcionamento desta unidade industrial, do grupo Investwood, que gere a produção e a comercialização internacional de painéis de fibras de madeira. Pode-se conhecer a inovação dos seus produtos e a sua capacidade de distribuição no mercado nacional e, sobretudo, estrangeiro.
O grupo rumou, depois, à "Casa Arménio", na Quinta Nova, onde o Sr. Arménio Varela partilhou com todos a sua mestria na "arte de tecer o bunho", associando a tradição familiar aos novos desafios do mercado e à sua criatividade e gosto pelo artesanato.
A tarde foi concluída com a visita ao Museu Dr. Joaquim Manso, nomeadamente à exposição “A Olaria do Casal do Mota. A última olaria da Nazaré”, que mostrou ao público acervo sobre esta unidade dinamizada por três gerações de oleiros da família Mota, no local do Areal, e que foi possível salvaguardar no Museu antes da demolição do edifício em 1980.

Fotografia: Vítor Estrelinha / CMN e Dóris Santos / MDJM

 
+ informação sobre as JEP na Nazaré clique AQUI.

Imagens: Dóris Santos/MDJM e Vítor Estrelinha/CMN


Museu participa no "Encontro Marginal" - ANAZART



Entre 19 setembro e 11 de outubro, decorre o "Encontro Marginal Orgânico", na Nazaré, uma organização da anazArt - Associação Nazarena de Artes Plásticas.


"Encontro Marginal" que pretende despertar o sentido crítico e descoberta de sensações visuais ou auditivas através das mais variadas manifestações artísticas em que a Nazaré é o centro das atenções.
Para acompanhar nos 7 cantos da Nazaré, os encontros vão dar-se na Anazart, Atelier Mázartes, Biblioteca da Nazaré, Casa do Adro, Casa Alcoa, Teatro Chaby Pinheiro, Centro Cultural da Nazaré, Casa Museu do Pescador e também no Museu Dr. Joaquim Manso,entre outros Sítios Improváveis...

Venha descobrir, no nosso jardim, o que o Steve Delgado preparou...

Exposição "A última olaria da Nazaré"




Na vila da Nazaré laboraram várias olarias, numa época em que o barro era matéria prima essencial para vários bens utilitários e decorativos, e para as próprias artes de pesca.
No Museu Dr. Joaquim Manso, guardamos parte do acervo da "última olaria da Nazaré", situada no Casal do Mota, Areal, e que foi possível salvaguardar antes da demolição do edifício nos anos 1980.

Para relembrar essa "olaria" ou dá-la a conhecer às novas gerações e aos nossos visitantes, o Museu Dr. Joaquim Manso apresenta, entre 19 e 27 de setembro, a exposição "A última olaria da Nazaré", no âmbito das Jornadas Europeias do Património - 2015.

Visite-nos!

Jornadas Europeias do Património




“Património Industrial e Técnico do concelho da Nazaré”
Jornadas Europeias do Património 2015


As Jornadas Europeias do Património (+ informação aqui), iniciativa do Conselho da Europa e da União Europeia, sob a coordenação da Direção Geral do Património Cultural, irão decorrer nos dias 25 a 27 de setembro de 2015, sob o tema "Património Industrial e Técnico".

Neste âmbito, tendo como preocupação a divulgação do património industrial e técnico do concelho da Nazaré, o Museu Dr. Joaquim Manso integra-se num programa de visitas guiadas a unidades industriais e artesanais que estão na origem do desenvolvimento económico e social do concelho.

Para acolher o respetivo percurso, o Museu Dr. Joaquim Manso apresenta ao público, entre 19 e 27 de setembro, a exposição “A última olaria da Nazaré”.


1. Exposição
A última olaria da Nazaré (Areal, “Casal do Mota”)
Entre 19 e 27 de setembro, está patente ao público uma exposição que apresenta acervo cerâmico proveniente da olaria do “Casal do Mota”, unidade que laborou ativamente na vila da Nazaré, vindo a integrar a coleção do Museu Dr. Joaquim Manso, após a sua demolição nos anos 1980.


2. Percursos temáticos

25 de setembro, 6ª feira
Valado dos Frades, partida pelas 14h, junto ao Centro Cultural da Nazaré

- Visita à empresa “Farval Faianças, Lda”, atestando a tradição cerâmica desta freguesia;
- Visita à Estação de Caminho de Ferro, integrante da Linha do Oeste, com análise da sua decoração azulejar e do impacto sócio-económico da passagem da linha férrea a partir dos finais do século XIX
- Conclui-se o percurso com visita à Associação 5 Rios (Associação de Agricultores do Valado dos Frades).

 

 26 de setembro, sábado
Famalicão e Nazaré,
partida pelas 14h, junto ao Centro Cultural da Nazaré

- Visita a duas unidades industriais e artesanais da freguesia de Famalicão: empresa Valbopan e Casa Arménio (“a arte de tecer o bunho”), do artesão Arménio Varela.
- Conclui-se a tarde com a visita ao Museu Dr. Joaquim Manso, nomeadamente à exposição “A última olaria da Nazaré” (Areal, “Casal do Mota”)”.


Este programa de visitas é uma organização da Câmara Municipal da Nazaré (organização), em colaboração com as respetivas entidades parceiras.


Inscrições prévias (até 23 de setembro):
Câmara Municipal da Nazaré
Museu Dr. Joaquim Manso (mjmanso@drcc.pt ou telef. 262562801)


Exposição de Embarcações Tradicionais na praia


Até final de setembro | Exposição de Embarcações Tradicionais na Praia da Nazaré

Na praia da Nazaré, entre a Páscoa e até final de setembro de 2015, numa iniciativa da Câmara Municipal da Nazaré com a colaboração do Museu Dr. Joaquim Manso, estão em exposição várias embarcações tradicionais, que assim regressam temporariamente ao seu espaço de outrora, quando o areal se preenchia da azáfama diária da faina piscatória.

Do Museu Dr. Joaquim Manso – Museu da Nazaré estão em exposição a barca de armação valenciana “Mimosa”, a barca salva-vidas “Nossa Senhora dos Aflitos”, o barco de arte xávega "Perdido" e o barco do candil “Vagos", acompanhado pela lancha auxiliar “Ilda”.
Esta exposição integra ainda a embarcação "Três Irmãos Leais", propriedade da Câmara Municipal da Nazaré.
Todas as embarcações são acompanhadas por placas explicativas, contendo texto sintético e imagem.

Encontram-se expostas em frente ao Centro Cultural da Nazaré, junto ao "estendal" do peixe seco.



Últimos dias da exposição "O meu cachené. Fotografia de Gisela e Antti Särkilahti"


LEMBRETE | Últimos dias da exposição de fotografia "O meu cachené", da autoria de Gisela e Antti Särkilahti
até 13 setembro


Se ainda não nos visitou, aproveite este últimos dias para descobrir as "mil e uma maneiras" da mulher da Nazaré usar o lenço.

A "nossa" vizinha Adelina respondeu ao nosso desafio e veio exemplificar algumas das maneiras registadas pela lente de Gisela e Antti Särkilahti, permitindo-nos fazer também o registo vídeo, para o Arquivo do Museu.

À Dona Adelina, à Gisela e ao Antti, o nosso reconhecimento por permitirem documentar e divulgar uma prática quotidiana de quem ainda usa "saia de roda" no seu dia-a-dia, cheia de significados e códigos femininos, passados de geração em geração.
Visualizar exemplo de vídeo 1 e vídeo 2






Do texto da exposição:

"O traje tradicional insere-se no complexo mundo da comunicação não verbal. Assim o constatava o estudioso Luís Chaves (1945): “Como se falasse, utilizando para tal uma determinada linguagem, o traje adquire um valor de comunicação que faz dele um sinal; no caso da indumentária regional um sinal de gente que vivia na região onde se usava” (Luís Chaves, “Considerações sobre o traje popular”, Brotéria, 1945).
O hábito da mulher cobrir a cabeça vem de tempos imemoriais. A sua justificação pode estar associada a questões de genuína proteção do sol e do frio ou a efeitos estéticos e de beleza; mas ao uso do lenço ligam-se também questões de identificação social, de respeito pelo sagrado ou de transmissão de estados emotivos. Certo é que, até muito recentemente, era raro a mulher andar de cabeça descoberta. 
Na Nazaré, o lenço (ou “cachené, como é localmente conhecido) é peça essencial de um traje tradicional ainda usado no dia-a-dia por muitas das mulheres mais velhas. 
Se a capa negra e o chapéu de feltro já desapareceram (em uso apenas pelos grupos folclóricos), o lenço persiste na sua notoriedade, somando-se ao “avental de festa” como fator de disputa e vaidade. 
Depois de penteado o cabelo e feito o “rolo”, a mulher coloca o lenço, de lã ou de algodão, estampado com decorações geométricas ou florais simples, delimitadas por uma barra lisa. É um quadrado com c. 1 metro que, depois de dobrado em triângulo rectângulo, proporciona efeitos estéticos por vezes surpreendentes, pelos seus padrões, cores e maneiras de pôr. 
Assim como o traje na sua globalidade, os lenços também denunciam a função social, de trabalho, festa ou cerimónia, sendo, nestes últimos casos, feitos de tecidos ou padrões mais cuidados. Por exemplo, os lenços em tom de roxo são mais comuns na proximidade do “Senhor dos Passos” (Quaresma); o preto ou o cinzento reservam-se aos momentos de luto.
Em geral, no dia-a-dia, outrora, eram de cores escuras e usados indistintamente. Agora, tornam-se cobiça de quem procura os antigos padrões e tecidos, convertidos em preciosas raridades; combinam-se as cores com o resto das peças do vestuário; a lã é substituída por outros materiais mais sintéticos e os padrões vão obedecendo aos ditames do mercado e às poucas lojas que ainda os vendem na Nazaré.
Consoante os traços da personalidade, os estados de espírito, as funções que a mulher esteja a desempenhar, para fins de agasalho ou nos momentos festivos ou “domingueiros”, as maneiras de dispor o lenço atraíram a lente de Álvaro Laborinho (1879-1970) e o lápis do artista Abílio de Mattos e Silva (1908-1985), nos anos 1930-70. Hoje, continuam a sobressair no registo fotográfico de Gisela e Antti Särkilahti, dois autores estrangeiros que há vários anos vêm fotografando a Nazaré e as suas gentes. 
Atados de diversas maneiras, ou apenas sobre a cabeça caindo soltos, os lenços “falam” pelas mulheres que os usam. Esta “comunicação” pressupõe a partilha de um mesmo sistema de valores e linguagem, frequentemente indecifrável para quem é exterior a essa comunidade.
Com esta exposição fotográfica, Gisela e Antti Särkilahti e o Museu Dr. Joaquim Manso prestam a sua homenagem às mulheres da Nazaré, últimas guardiãs desta herança cultural.

Dóris Santos | Museu Dr. Joaquim Manso, 2015"


Feriado Municipal 8 setembro



FESTAS EM HONRA DE NOSSA SENHORA DA NAZARÉ
 
Informamos que no dia 8 setembro, feriado municipal da Nazaré, estamos encerrados ao público.

Bom dia de Festas!

Imagem: "Festas em Honra de Nossa Senhora da Nazaré", s.d. Museu Dr. Joaquim Manso inv. 220 Fot.

Museu colabora na exposição sobre a Seca do Peixe




Exposição "Secagem do Peixe - Uma Arte" no Centro Cultural da Nazaré

Visite a exposição no Centro Cultural da Nazaré, entre 29 de agosto e 13 de setembro, numa organização da Câmara Municipal da Nazaré, que conta com o apoio do Museu Dr. Joaquim Manso na cedência de várias fotografias e objetos relacionados com a tradição da secagem do peixe na Nazaré.

Consulte também a nossa FICHA PATRIMÓNIO IMATERIAL
sobre a "Seca do Peixe na Nazaré" (clique aqui).