Nos dias 18 e 19 de maio, o Museu Dr. Joaquim Manso esteve em festa, com a programação do Dia Internacional dos Museus e da Noite dos Museus.
Este ano, em que se comemorou o 35º aniversário do Dia Internacional dos Museus (criado pelo ICOM - Conselho Internacional de Museus), o tema foi dedicado aos "Museus num Mundo em Mudança: Novos Desafios, Novas Inspirações".
Na tarde do dia 18, o Museu acolheu os alunos do 7º, 8º e 9º do Externato D. Fuas Roupinho para a inauguração da exposição dos seus trabalhos, representando barcos e edifícios tradicionais da Nazaré, desaparecidos ou demolidos após as grandes alterações no sector das pescas e na economia local, verificadas sobretudo a partir dos anos 1980. Os trabalhos tridimensionais, realizados no âmbito da disciplina de Educação Tecnológica, sob coordenação do prof. Afonso Henriques, estão incluídos na exposição "Praia da Nazareth. Panorama dos anos 1920", na receção do Museu até ao dia 10 de junho. Para a cerimónia de abertura, para além do Diretor da Escola, um grupo de alunos convidou os presentes a uma viagem lusófona pelo "mar" da poesia, percorrendo as salas do Museu.
A Noite dos Museus decorreu no Centro Cultural da Nazaré, marcando a inauguração da exposição fotográfica "A Nazaré de Lança Cordeiro. Décadas 1950-1970", patente ao público naquele espaço municipal até 17 de junho.
António Manuel de Lança Cordeiro (1938-2000) seguiu a via profissional da arquitetura, mas a fotografia foi uma das suas paixões, assim como a Nazaré onde cresceu. Das décadas de 1950 a 1970 ficaram fotografias que o autor ofereceria ao Museu Dr. Joaquim Manso. O interesse de arquiteto sente-se na atenção ao edificado tradicional, à denúncia das ameaças a que o mesmo se sujeitava perante uma realidade que anunciava a mudança económica e social consubstanciada nos anos seguintes. Mas, acima de tudo, as fotografias de Lança Cordeiro expressam o seu entendimento global do espaço, a visão de urbanista e a relação da arquitetura com as vivências e as suas ocupações funcionais.
O núcleo fotográfico oferecido pelo autor ao Museu Dr. Joaquim Manso, em parte agora exposto, trata-se de um significativo contributo para a documentação visual da Nazaré de meados do século XX, assim como para o debate sobre o papel que a fotografia assume na construção da memória nazarena.
"Um tempo de jazz…", com Joaquim Pequicho, acompanhou a abertura da exposição, seguindo-se uma mesa-redonda sobre a vida e obra do arq. Lança Cordeiro, com as filhas do autor, Olga e Ana Lança Cordeiro, e os amigos Laborinho Lúcio, José Carlos Codinha e Norberto Isaac. Foi uma sessão rica de emoções, que testemunharam a afetuosidade de todos os presentes pelo autor e a importância da sua intervenção na sociedade civil e cultural da Nazaré.
A partir das 22h30, as danças assumiram o protagonismo numa segunda parte mais festiva, com a participação de vários grupos locais: "Danças Contemporâneas" pela AMA – Academia Municipal das Artes / Câmara Municipal da Nazaré; Sabor Latino; Solodanza; e Flávia & Sílvio, com danças de salão.
A apresentação esteve a cargo de João Veríssimo, que foi lendo durante a noite alguns textos da sua autoria sobre a vila da Nazaré.
Este evento contou com a colaboração da Câmara Municipal da Nazaré.
O Museu Dr. Joaquim Manso presta o seu reconhecimento a todas as pessoas e entidades que participaram em mais uma "Festa dos Museus" em maio e, assim, a tornaram possível!
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