Foi com "casa" cheia que celebrámos o Dia Mundial do Teatro!
O Teatro Casa da Máquina trouxe ao Museu Dr. Joaquim Manso textos de Fernando Pessoa, nomeadamente a sua primeira apresentação de "O Senhor Não Sabe Quem Eu Sou", a partir da "Carta da Corcunda Para o Serralheiro", de Maria José, o único heterónimo feminino do escritor.
Com interpretação e encenação pela jovem nazarena Ana Dionísio e direção técnica de Luís Gomes e João Gomes da Silva, foi um espetáculo inquietante, num ambiente intimista, que sensibilizou todos os presentes pelas pertinentes questões em torno "do que é ser gente" e, sobretudo, "o que é ser mulher". Esta apresentação integrou-se também no projeto SHE | Ela, um projeto nacional com curadoria por Genoveva Oliveira, que tem vindo a ser dinamizado desde o início do mês em vários museus, universidades, galerias e espaços culturais.
No final, fomos surpreendidos pela entrevista de Carlos Falaxo, com Silvino Espalha na filmagem, conhecidos na Nazaré pelos seus curiosos e pertinentes filmes sobre a sua realidade sócio-cultural.
O Nosso Obrigado a todos os presentes, à TCM e ao Projeto SHE | Ela, que tornaram este serão do Dia Mundial do Teatro tão especial no Museu Dr. Joaquim Manso!
Exposição “OUTRAS ARTES. Coleção de Arte do Museu Dr. Joaquim Manso”
28 março a 26 de abril (PROLONGAMENTO ATÉ 3 DE MAIO!) Local: Centro Cultural da Nazaré Aberturada exposição | 28 março, 16 horas
A partir de 28 de março, o Museu Dr. Joaquim Manso – Museu da Nazaré apresenta no Centro Cultural da Nazaré uma exposição da sua coleção de pintura e desenho, centrada na produção do século XX. Para além das tradicionais “artes de pesca”, da área da etnografia, o Museu reúne um conjunto diverso de artes plásticas, nomeadamente obras de artistas que versaram sobre a Nazaré ou a maritimidade, admitindo, por um lado, que o mar tem sugestionado a produção criativa e, por outro, que esta comunidade atraiu tantos artistas, nacionais e estrangeiros.
Entre os autores presentes destacamos Guilherme Filipe, Lino António, Abílio de Mattos e Silva ou Lázaro Lozano, como aqueles que elegeram amplamente a Nazaré na sua produção. A estes, acrescentamos Mamia Roque Gameiro, Cristino da Silva, Irene Natividade, Eduarda Lapa, Júlio Pomar, Mário Botas, entre outros, permitindo-nos sugerir discursos e traçar tendências e opções estéticas.
Uma segunda área da exposição é marcada pela coleção que pertencia a Joaquim Manso (1878-1956), doada ao Museu da Nazaré em 1977. Escritor e jornalista fundador do “Diário de Lisboa”, com estreitos contactos nos meios literários e artísticos do País, Joaquim Manso reuniu uma interessante coleção, quer de trabalhos onde é ele o retratado, quer de pinturas e desenhos representativos do modernismo português, com autores como Almada Negreiros, Suart Carvalhais, Roberto Araújo, Arnaldo Boaventura, Carlos Botelho, Guilherme Filipe, entre outros.
Esta é uma rara oportunidade de apreciar a coleção de artes plásticas do Museu Dr. Joaquim Manso, habitualmente em reserva, que agora é em parte exibida nesta exposição temporária, entre 28 de março e 26 de abril, no Centro Cultural da Nazaré, numa colaboração com a Câmara Municipal da Nazaré.
Centro Cultural da Nazaré (edifício Antiga Lota) Av. Manuel Remígio | 2450-106 Nazaré Telef. 262 561 194 (Turismo) Horário: até 31 de março 9h30 – 13h | 14h30 – 18h a partir de 1 de abril 9h30 – 12h30 | 14h30 – 18h30
"O Senhor Não Sabe Quem Eu Sou" espetáculo Teatro Casa da Máquina no MUSEU DR. JOAQUIM MANSO | Nazaré Projeto SHE | Ela
27 de março | Dia Mundial do Teatro | 21h30
“O Senhor Não Sabe Quem Eu Sou" é um espectáculo inquietante que parte da definição do que é ser gente e ser mulher.
Tendo como figura central o único heterónimo feminino de Fernando Pessoa, Maria José, uma jovem de 19 anos, levamos a cena a assustadora sinceridade de uma mulher apaixonada que se lamenta por existir, que se julga uma espécie de gente ou "um vaso com uma planta murcha que ficou à janela por tirar de lá". Doente, triste por "ser marreca e viver só à janela" e tendo senão dias de vida, Maria José, desconhecida de muitos, escreve uma carta de amor e despedida a um homem que vê todos os dias da sua janela e que não sabe quem ela é.
Entre mulheres que não sabemos quem são e Maria José, que nunca ponderou que pudesse sê-lo, questionamos o corpo, a alma, a idade, o desejo, a sensibilidade, a vontade de viver e ser-se mulher. Discutimos a mulher como fonte de vida.
"O Senhor Não Sabe Quem Eu Sou", a partir de "Carta da Corcunda Para o Serralheiro", de Maria José e outros textos.
espetáculo Teatro Casa da Máquina
interpretação: Ana Dionísio encenação: Ana Dionísio direção técnica: Luís Gomes e João Gomes da Silva
Integrado no projeto SHE | Ela. Curadoria: Genoveva Oliveira
27 de março | Dia Mundial do Teatro | 21h30 Entrada gratuita
Projecto “ELA” /The She Project Idiomas Femininos – processos criativos, reflexões e resistências Fevereiro a abril 2015
O projeto português “SHE/ELA - Idiomas femininos - processos criativos, reflexões e resistências” tem como objetivo perscrutar, realçar e difundir o papel da mulher nas artes visuais, na criação artística, na curadoria, na crítica e na investigação. Integram o projeto museus, universidades e espaços de arte alternativos com o objetivo de investigar, refletir e tomar um posicionamento sobre o papel da mulher na arte. É criada uma “rede” de partilha a nível nacional que envolve instituições públicas e privadas que desenvolvem atividades dentro do seu âmbito de trabalho, como exposições de mulheres artistas e / ou discussões críticas (mesas redondas, seminários, jornadas, conferências) sobre a temática.
Curadora do Projecto: Genoveva Oliveira Comissão Científica: Prof. Doutora Fernanda Bernardo (Departamento de Filosofia, Comunicação e Informação, Faculdade de Letras, Universidade de Coimbra) - Portugal Prof. Doutora Genoveva Oliveira (Curadora independente) - Portugal Artista Plástica Mareta Espinosa (Criadora do Festival Miradas de Mujeres) - Espanha Prof. Doutor Xabier Arakistain (Curador independente) – Espanha.
TEATRO CASA DA MÁQUINA O Teatro “Casa da Máquina” ( TCM) nasce na Nazaré, em 2013, e estreia-se com o espetáculo “Bastião Fernandes – O Nazareno que acompanhou Vasco da Gama”, um espetáculo de teatro de rua que homenageia o povo nazareno e o povo português.
No mesmo ano, apresenta também “Teatro na Areia”, um projeto didático que reúne a literatura infantil com a expressão dramática, apresentado na praia da Nazaré, e “Antes do Dia Claro”, um espetáculo com textos de Almada Negreiros, com o apoio oficial do Museu do Brinquedo de Sintra.
À parte da vertente de criação e produção de espetáculos, o TCM também tem investido na educação de expressão dramática e teatral através das suas Classes de Teatro TCM que, por sua vez, se estrearam com “O Casamento de Manuel Feio”, uma adaptação livre do texto “O Casamento de Maria Feia”, de Rutinaldo Miranda Batista Júnior.
Já em 2014, o TCM estreia um novo projeto didático produzido em Lisboa, desta vez baseado do Teatro de Papel, “7 Fábulas de La Fontaine – Teatro de Papel” e que corre diversos festivais.
Em setembro de 2014, apresenta pela primeira vez no Museu Dr. Joaquim Manso a adaptação do conto de Jaime Rocha, “Mulher inclinada com cântaro”.
Localizado no Sítio da Nazaré, o Museu Dr. Joaquim Manso - Museu da Nazaré é tutelado pela Direção-Regional de Cultura do Centro e visa representar a identidade histórico-cultural da região, com incidência na CULTURA DO MAR.
Os testemunhos milenares/históricos da presença humana nesta costa, a história da vila e o culto de Nossa Senhora da Nazaré, as embarcações e as artes de pesca, o trabalho e a festa e os seus trajes tradicionais, são temas que compõem o percurso expositivo incidente na identidade da região e a sua íntima relação com o mar. |
THIS MUSEUM opened to the public in 1976, in the summer house of the jornalist Joaquim Manso. It is localizated in Sítio, one of the ancient places of Nazaré | PORTUGAL. The ancient testimony of the human presence in this cost, the history of the village and the cult of the Our Lady of Nazaré, the Culture of the Sea and the fishing gear, the work and the festivals and the traditional costume, are themes that compose the expository route which shows the identity of the region and the closer relationship with the Sea.
"Mar à Pinoca"- Diz-se quando está mar bravo, com ondulação forte. Na Nazaré, a memória popular refere-se ao Pinoca, que terá morrido apanhado por uma dessas ondas.
Horário terça-feira a sexta-feira, 10h-12h30 e das 14h-17h30 Encerrado: fim-de-semana, segunda-feira, feriados
Duração média da visita 30 minutos
Acessibilidades Ascensor Autocarro Estacionamento próximo do Museu
Entrada A partir de 27 de outubro de 2015, entrada gratuita para todos os visitantes
Entrada livre (condições Museus DRCC) Domingos e feriados até às 14h Crianças até aos 12 anos Membros APOM, ICOM Investigadores, jornalistas e profissionais de turismo (em funções) Professores e alunos de qualquer grau de ensino, incluindo Universidades Sénior, em visitas de estudo Membros dos grupos de Amigos dos Museus
Visita guiada - 1 euro (consoante as condições de marcação prévia)